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Começar do zero tem tanto de refrescante como de assustador. Eu finjo que sou desapegada, ao fazer o que me apetece sem ter medo do fim de hábitos e confortos antigos. Mas, ao mesmo tempo, sou uma acumuladora incrível. E só me desapego das pessoas e situações, ou do seu eventual futuro, porque sei que já tenho pedacinhos de passado acumulados para poder revisitar. Não tenho medo de dizer adeus, mas tenho pânico em livrar-me daquele pedacinho de papel que me rabiscaram numa aula no secundário. Não me importo em perder alguém de vista, mas preciso de ficar com a fotografia que me lembra  de que ela já existiu na minha vida. Não me incomoda mudar de sítio, mas só se lá houver espaço para todas as caixinhas de memórias que guardam os meus destinos anteriores. Talvez não confie na minha memória e precise de fazer prova de alguma coisa, mas o que eu acho é que, afinal, só finjo o desapego, e só o pratico para esconder esta fragilidade nostálgica e sentimental que vou transpondo para pequena

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